"Mulher é bicho esquisito. Todo mês sangra"

Existem aqueles dias que nada dá certo.
Dias que chove, que a gente está com TPM, e que o trabalho não rende. Tem dias que dá vontade de chorar porque temos que sair de casa e trabalhar.
Que dá saudades de ser criança, de ficar em casa vendo televisão e comendo bolinho de chuva.
Afinal, não foi para isso que Deus inventou esses dias cinzas?
Só pode ser. Porque sempre que a gente sai de casa nesses dias acontece algo errado. É sempre nesses dias que um carro passa rápido e te molha ou que acaba o café justo quando você precisa de uma boa dose de cafeína para dar coragem de encarar a vida.
E sim, é sempre nesses dias que eu estou de TPM.
Hoje é um dia desses. Que tive que reunir forçar de manhã para sair de casa.
De presente pelo esforço, ganhei o vento frio dessa bizarra São Paulo gelada em pleno verão que cortou minha barriga e fez minha cólica aumentar.
Viro protagonista de cenas ridículas.
Meu namorado demonstra uma paciência digna de beatificação quando choramingo que ele não me dá atenção. Ele me abraça e diz que me ama. Acho que ele entende mais meus hormônios do que eu.
E eu começo a chorar mais. Mesmo querendo parar.
Me sinto idiota por estar chorando, me sinto mal por estar com cólica.
Mas respiro fundo. Sei que a culpa não é minha são dos **malditos** hormônios.
E da chuva, claro.

Apartamento 84

Era uma casa muito engraçada, não tinha ordem, não tinha regra.
Mas tinha muito amor, compreensão e cerveja na geladeira, para relaxar no fim daqueles dias estressantes ou simplesmente para quando a gente quisesse bater um papo na sala e descontrair.
E o mais estranho - ou fantástico- é que as moradoras dessa casa, sem nem serem muito amigas, logo viraram irmãs. E que, mesmo sem regras e alguma bagunça, a coisa funcionava.
Chegar em casa era sempre aconchegante. Mesmo quando a geladeira ficou na sala ou quando a pia caiu de tanta louça suja num pós-esquenta. Até mesmo antes de um sofá novo e decente chegar.
Às vezes uma das três fazia algo genial, como lembrar de que tinha acabado o papel higiênico ou comprar cerveja sem que as outras precisassem falar. E o pedido ‘Casa comigo?’ era entoado, recebendo sempre a mesma reposta: ‘já somos casadas, babe’.
Foi um casamento feliz. Durante dois anos, fui muito grata por voltar para casa e saber que minhas roomies estariam lá ou pelo menos por saber que lá era nossa casa: tinha nosso jeito, nossa admistração um pouco anárquica mas sem egoísmos ou estressses.
Vou sentir muita falta dos conselhos e da praticidade da Serena e das loucuras e divagações da Glenda. Vou sentir saudades das sessões de Sex and City e Big Brother, dos abraços roomies e das conversas bobas que viravam longos papos.
Acho que só não vou sentir saudades da fila matinal do banheiro.

2008

Feliz ano novo!

Sei que ando em falta com meu blog e já passamos do meio do mês. Mas me dêem um desconto: estamos no Brasil e aqui o ano começa de verdade só depois do carnaval – que em 2008, infelizmente, vem antes da hora, já no início de fevereiro.
Enfim, no primeiro post deste bissexto ano de 2008 vou começar com tudo, já abusando do clichês. Sendo assim, segue minha lista de resoluções para mais um ano do Rato, segundo o horóscopo chinês:

- Encontrar um lazer saudável – se meu irmão se diverte horrores jogando futebol e meu namorado prefere tocar seu baixo a quase qualquer coisa, porque eu não posso descobrir algo mais divertido (ou tanto quanto, não vamos exigir demais) do que beber? Cerveja gelada sempre será uma das melhores coisas do mundo, mas a medida que a idade for chegando, minha saúde vai começar a pedir penico!

- Fazer exercício físico (sim, a meta mais popular do mundo. Até já dei meus primeiros passos, me inscrevi na academia ontem e começo a freqüentá-la semana que vem!)

- Voltar a fazer inglês. Sim, eu sei falar desde sempre. But we've got to keep practicing, right?

- E por último o mais importante: juntar dinheiro. Para comprar um belo e fofo apartamento com meu namorado, quando chegar a hora certa.

E vocês, me contem, quais são suas metas para este ano que começa?